sábado, 2 de agosto de 2008

A Revolução Farroupilha (Guerra dos Farrapos)

RESUMO DA GUERRA DOS FARRAPOS: A Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos ocorreu no Rio Grande do Sul na época em que o Brasil era governado pelo Regente Feijó (Período Regencial).Esta rebelião gerada pelo descontentamento político durou por uma década de (1835 a1845). Em 1835 os rebeldes Liberais, liderados por Bento Gonçalves da Silva, apossaram-se de Porto alegre, fazendo com que as forças imperiais fossem obrigadas a deixarem a região. Após terem seu líder Bento Gonçalves capturado e preso, durante um confronto ocorrido na ilha de Fonfa (no rio Jacuí), os Liberais não se deixaram abater e sob nova liderança (de Antônio Neto) obtiveram outras vitórias. Em novembro de 1836, os revolucionários proclamaram a República em Piratini e Bento Gonçalves, ainda preso, foi nomeado presidente. O estopim para esta rebelião foi às grandes diferenças de idéias entre dois partidos: - Um que apoiava os republicanos (Os liberais Exaltados) e outro que apoiava os conservadores (Os Legalistas). Somente em 1837, após fugir da prisão, é que Bento Gonçalves finalmente assume a presidência da República de Piratini. Mesmo com forças do exército da regência, os farroupilhas liderados por Davi Gonçalves, conquistaram a Vila de Laguna, em Santa Catarina, proclamando, desta forma, a República Catarinense. Entretanto, no ano de 1842, o governo nomeou Luiz Alves de Lima e Silva para comandar as tropas que deveriam lutar contra os farroupilhas. Após três anos de batalha e várias derrotas, os “Farrapos” tiveram que aceitar a paz proposta por Duque de Caxias. Com isso, em 1845, a rebelião foi finalizada. Este apelido foi dado aos rio-grandenses sublevados contra o Império do Brasil, por não disporem de uniformes e de equipamentos militares. Maltrapilhos, faltavam armas e botas. Muitos destes soldados eram peões de estância e negros, onde traziam suas garruchas e adagas. OS FARRAPOS: Os imperiais governaram o Rio Grande do Sul, recebendo ordens do Império. Eram também chamados pelos Farrapos de conservadores, restauradores, retrógrados, caramurus e galegos. Ocupavam os principais postos nos órgãos públicos e no exército. OS IMPERIAIS: Eram imbatíveis nos combates a cavalo e usavam os trabucos, pistolas, espadas e lanças. A cavalaria utilizava principalmente a lança. A artilharia empregava canhões e obuses tomados dos inimigos ou fornecidos pelos Uruguaios. Os imperiais governaram o Rio Grande do Sul, recebendo ônus do Império. Eram também chamados pelos Farrapos de conservadores, restauradores, retrógrados, caramurus e galegos. Ocupavam principais postos nos órgãos públicos e no exército.

AS ARMAS DOS FARRAPOS: AS PRINCIPAIS BATALHAS: Ocorreram118confrontos entre os Farrapos e os Imperialistas com 59 vitórias para cada lado. Na verdade, não foi uma guerra nos moldes clássicos, já que os exércitos rebeldes não estavam organizado nos moldes convencionais. Suas táticas se assemelhavam às guerrilhas. Os números de mortos em combates não são precisos, mas em 1881 o Governo Imperial deu publicidade aos fatos, divulgando informações sobre a Revolução Farroupilha. A estimativa é que morreram 3.400 homens. Os Farrapos perderam quase que o dobro dos Legalistas.

PRINCIPAIS PERSONAGENS DA GUERRA DOS FARRAPOS: 1 - OS LIBERAIS: Bento Manoel Ribeiro (1783-1855) David Canabarro (1793-1867) Anita Garibaldi Giuseppe Garibaldi (1807-1882) Bento Gonçalves da Silva (1788-1847) -Domingos José de Almeida (1801-1866); -João Manoel de Lima e Silva (1805-1837); -João Antônio da Silveira (1795-1872). 2 - OS IMPERIAIS: Duque de Caxias General Osório

CURIOSIDADES DA GUERRA DOS FARRAPOS: - A expressão “tchê” uma das mais típicas do linguajar gaúcho é de origem guarani, tendo o sentido de “meu”; - A erva mate, também uma herança indígena, chegou a ser condenada pelos padres Jesuítas, pois “o demônio” por meio de um feiticeiro, a tinha inventado. A cuia era muito parecida com a de hoje, porém a bomba era feita de bambu; - O rancho das tropas de Osório não era um luxo, como algumas pessoas pensam. Pelo contrário, pela manhã ninguém tomava café, apenas toavam chimarrões, ou como diziam, matavam. Para o almoço, os soldados ganhavam carne fresca para o churrasco todos os dias, um pouco de farinha, erva-mate nova e cachaça. Às vezes ganhavam feijão e charque; - Quando Osório ingressou no exército, ainda jovem, basicamente se lutava com cavalos, ainda com lanças, porque as armas de fogo eram pouco confiáveis e não permitiam mira de longa distância; - Osório talvez não tivesse alcançado o posto de General se não tivesse participado da Revolução Farroupilha, porque depois que a guerra dividiu o que existia de exércitos e tropas no Rio Grande do Sul, aqueles que ficaram no lado legalista, fizeram carreira e ganharam conceito junto ao poder Central. Osório, na época coronel, vai conhecer o Duque de Caxias na Revolução Farroupilha. Caxias vai se tronar uma espécie de protetor de Osório no plano militar. Em troca, Osório vai apoiar politicamente os aliados de Caxias no Estado.

A PRINCIPAL PARTICIPAÇÃO DO GENERAL OSÓRIO NA GUERRA DOS FARRAPOS: Em 1835, Osório servia no 2º Corpo de Cavalaria em Bagé (RS). Nessa oportunidade, eclodiu a Guerra dos Farrapos. Ligado aos liberais, Osório de início, ficou do lado dos rebelados, que lutavam por maior autonomia para a província, mas sua posição se modificou e passou a prestar serviços para as forças do Governo Central. Participaram de combates contra os rebeldes em Porto Alegre, Bagé e Caçapava e distinguiu-se no combate de Herval em 1838. Promovido a Tenente-Coronel, teve participação destacada nas conversações que encerraram o conflito e que pacificaram a província.

AS CONSEQUÊNCIAS PARA O GENERAL OSÓRIO COM RELAÇÃO A SUA PARTICIPAÇÃO NA GUERRA DOS FARRAPOS: Sua lança invicta serviu à Pátria quase meio século, tornando-se o mais idolatrado dentre os chefes militares brasileiros. Soldado, cidadão e político, engrandeceu como poucos cada cargo e função que exerceu, conservando-se sempre como o mais humilde dos servidores da Nação. Em batalha, Osório com apenas 17 anos, reunindo valorosamente alguns praças dispersos, salva a vida do General Bento Ribeiro, de quem recebe em gratidão, a promessa de receber como herança a própria lança. E ele a conduziu invicta, por uns cem números de lutas, combates, batalhas e guerras, bem além do que imaginava o bravo General. Legalista, lutou de Tenente a Tenente-coronel na Guerra dos Farrapos, considerado a pior de todas as guerras internas em nosso país. Martírio deste soldado que antes do coração, atendeu o dever. “Os grandes soldados não morrem jamais, se eternizam na lembrança de seus comandados.” Mas a luta política no rio Grande do sul, na época era muito dura e o Osório foi acusado duas vezes pelo Barão de Porto Alegre de traição, de procurar fazer o separatismo do Rio Grande e fundar uma república porque ele tinha nos anos de 1850 e1860 o apoio dos antigos Farroupilhas. Mas foram acusações que nunca tiveram acolhidas junto ao Imperador. Para Osório, ele e os seguidores dele, estavam sendo vítimas de uma perseguição política.

AS IDÉIAS QUE O GENERAL OSÓRIO GANHOU COM RELAÇÃO A SUA PARTICIPAÇÃO NA GUERRA DOS FARRAPOS: O que movia a atuação dos chefes militares como Osório, mesmo durante a Guerra, era a motivação política, e isso vai explicar muitas coisas, inclusive a dificuldade, por exemplo, de estabelecer um plano de defesa do sul porque os chefes militares não se entendiam e estavam mais interessados em política do que na defesa da província. Pela sua participação na Guerra dos Farrapos ganhou grande ascensão e respeito por todos na carreira militar. Apesar de ter a responsabilidade militar na gerência de soldados durante a Guerra, conseguiu grande respeito pelos seus comandados, tendo em vista o seu carisma, simpatia e linguajar acessível junto aos mesmos, diferentemente da hierarquia e pompa militar de outros chefes, talvez tenha sido este o principal segredo de vitórias para este homem que alcançou altos postos devido ao seu sangue e suor na frente das batalhas, exemplificando e motivando seus soldados naquele ambiente hostil. Em primeiro de março de 1845, os Imperialistas, liderados por Duque de Caxias e os Republicanos Farroupilhas assinaram a paz de “Poncho Verde”, declarando o fim aos conflitos.

PRINCIPAIS PONTOS
ASSINADOS NO TRATADO DA PAZ: · O Império pagaria as dívidas do Governo republicano; · Os oficiais republicanos são incorporados ao exército brasileiro; · Eram declarados livres todos os escravos que tinham lutado nas tropas republicanas; · Seriam devolvidos todos os prisioneiros de guerra; · Foram elevadas as taxas alfandegárias para a importação do charque Gaúcho.

Por: Todos 9Roballo, Nicolas, Francielle N., Gisely e Debiasi)

Nenhum comentário: