sexta-feira, 29 de agosto de 2008

As principais armas usadas nas Guerras

Antes de explicar as armas dos conflitos da época, é necessário saber que esse era um conflito de países pobres (com exceção do Paraguai) os armamentos não tinham certo padrão como os de hoje como é o caso da OTAN que adota o M-16 e M4A1 como seu fuzil de assalto. Sendo assim as armas da Guerra do Paraguai eram na verdade seus generais e soldados já que muitas vezes os armamentos eram muito precários sendo necessário roubá-lo após a derrota do inimigo. Isso mudou quando Caxias (outro grande comandante) começou a chefiar as tropas brasileiras, mesmo assim é difícil estabelecer alcance, velocidade do projétil, etc.

MARINHA
As condições a bordo dos navios de guerra (espaços apertados, o balanço provocado pelas correntes e marés, etc.) dificultavam o uso de armas de fogo, seja pelo tamanho seja pela dificuldade de pontaria. As armas mais utilizadas em caso de abordagem eram as brancas. A machadinha usada a bordo dos navios tinha uma dupla função: era parte do equipamento de uso dos marinheiros. Esta era necessária em algumas ocasiões como quando era necessário se desfazer rapidamente de parte das cordas e mastros de uma embarcação danificada por tempestade ou pelo fogo inimigo. Se a machadinha podia ser usada como ferramenta, ela também podia ser uma arma, e para isso parte das tripulações dos navios a recebiam: eram distribuídas a membros específicos da tripulação. Um manual de artilharia especificava que entre os artilheiros das peças, em caso de abordagem, os primeiros serventes seriam a equipagem da 1a leva de ataque/defesa, os chefes da peça da 2a leva de ataque/defesa e os segundos serventes, equipados de machadinhas, seriam parte da equipe de “reforço de incêndio”, ou seja, mais como membros da equipagem de reparos do que como combatentes, mas mesmo assim prontos para o combate. O Sabre de Abordagem é outra arma de uso bem antigo na marinha, provavelmente com um tipo mais específico, devido às características do seu uso naval. Os exemplares conhecidos na Europa normalmente têm uma guarda grande, servindo para proteger a mão do combatente (que não usava armaduras), sendo que esta guarda muitas vezes é de latão, para diminuir os efeitos da oxidação causada pelo ar marinho. A lâmina é sempre curta, para não dificultar a esgrima nos espaços apertados de um navio e, normalmente, tem certa espessura, para poder ser usada para cortar cordas, etc., como a machadinha. Além disso, tem usualmente certa curvatura, para aumentar a eficiência dos golpes de gume. Os regulamentos da Marinha do século XIX previam o uso de sabres de abordagem por dois terços da tripulação de todos os navios de guerra. Uma arma de fogo desenvolvida especificamente para uso a bordo era o chamado Bacamarte de Amurada. Era de grande calibre, pois seu objetivo era espalhar uma carga de chumbo grosso (de 20 a 40 balas de cerca de 10 mm de diâmetro) contra massas de tropas. Devido a esta poderosa carga, era uma arma muito pesada, havendo exemplares com 15 quilos ou mais de peso. Por causa desse peso a arma chamava-se “de amurada”, pois tinha um espigão central, sobre o qual ela era colocada na amurada de navios, em furos existentes, pois o seu disparo do ombro do atirador era impossível. Apesar de a lenda popular atribuir o fato da boca alargada do bacamarte se destinar a espalhar o tiro, isso é incorreto, pois a abertura maior ou menor da boca não fazia diferença na dispersão do fogo. Na verdade, a boca mais larga destinava-se a facilitar o carregamento da arma nas gáveas de um navio.

Infantaria e Cavalaria

Até este período, as espingardas eram as armas tradicionais da infantaria pesada, os fuzileiros, enquanto as carabinas, mais leves e curtas, eram usadas pelos caçadores, a infantaria ligeira. Naquele período, considerava-se que a arma de infantaria ideal teria ter um metro e oitenta centímetros com a baioneta calada, para que a segunda linha de atiradores, quando defendendo contra ataques de cavalaria, pudesse usar suas armas brancas. A divisão entre as tropas de infantaria acabou oficialmente em 1872, apesar de já na Guerra do Paraguai ela não ter tido muito relevância – apenas sete dos 22 batalhões de linha eram de fuzileiros e todos os 57 batalhões de voluntários da Pátria tinham sido organizados como caçadores. Desta forma, no período que estamos tratando não havia espingardas no sentido clássico da palavra (arma mais longa de infantaria – e não como entendemos hoje em dia, de arma de cano liso). Todas as armas usadas eram carabinas (apesar de manuais de 1874 ainda chamarem as Comblains e Chassepots de espingardas).Como nas Miniés, as clavinas continuaram a ser as armas de cavalaria e como o combate de choque do soldado montado era feito com as lanças e sabres, as clavinas não necessitavam de baionetas, pelo menos de acordo com a mentalidade da época. Essa é a principal característica que as distingue dos mosquetões, usados pela artilharia e engenharia. Além disso, as clavinas deste período ainda têm uma argola na parte externa do mecanismo, normalmente no lado esquerdo, para que pudesse ser pendurada na ação da sela (normalmente, não tinha uma bandoleira – a correia que servia para o soldado portar a arma).

Curiosidades

A bala de uma carabina na Guerra do Paraguai era mais mortal quando acertava de raspão do que uma arma atual, isso se deve ao fato de que a bala daquela época era mais lenta e por isso não cauterizava o machucado causando mais tarde inflamação e como conseqüência febre.

No final da guerra os paraguaios começaram a usar balas de obus, com o formato parecido com de uma garrafa de dois litros. Eram as novas balas que começaram a participar das guerras e são usadas até hoje.

Nos últimos suspiros do Paraguai, suas linhas eram formadas por crianças que mal sabiam como era uma guerra influênciadas pelo ditador Solano López, a lutar em defesa da pátria.

Por: Todo o grupo (Roballo, Nicolas, Francielle N., Gisely e Debiasi)

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