sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Entrevista com o Tenente-Coronel Delano

1° Porque o senhor ingressou na cavalaria?
TC Delano - Inicialmente, assim que eu entrei no Exército com 15 anos gostaria de entrar na Engenharia, por causa da minha facilidade com a matemática e pela sua importância, construção de pólos. Porem, nós começamos a conhecer mais sobre as armas do Exército Brasileiro, os oficiais e a característica de mobilidade (da Cavalaria) me fascinou mais. Nos dias de hoje o combate é mais veloz e se parar morreu.

2° Como foi sua trajetória na carreira militar?
TC Delano – Comecei na Escola Preparatória (EsPCEx) com 15 anos, e depois minha intenção já era a Cavalaria. Inicialmente a minha intenção era a engenharia que me fascinava, e por este intermédio me inscrevi para a Escola Preparatória, já estava no 1° ano, mas quando cheguei na Academia (AMAN) já tinha outra intenção de entrar na Cavalaria, e diferente de hoje em dia a escolha era no final no 1° ano. Pela prévia eu não estaria na Cavalaria, e a partir de Agosto a Novembro (no ano corrente de sua opção pela Cavalaria) tive que estudar e consegui entrar com 30 de 34 vagas. Tem épocas que a mais privilegiada é a Artilharia em outras a Cavalaria, dependendo do momento. Desde antes de entrar no Exército, já tinha ligação com cavalos é o símbolo da Cavalaria, e não tem como não associar. Eu estudei pouco para escolher as unidades e não consegui ir para o Mato Grosso. Comecei como aspirante no 4° RCB (Regimento de Cavalaria Blindada) de São Luiz Gonzaga, permanecendo Seis meses como Aspirante e em Agosto virando 2° Tenente. Estou há Três anos e meio como Tenente-Coronel.

3° Quais suas experiências marcantes na Cavalaria?
TC Delano – A minha primeira unidade, porque o cadete e o aluno de uma maneira geral são conduzi-lo (...) e por mais que ele estude é sempre um desafio (...) e o seu impulso é seguir as características de Osório e procura sempre estar à frente de seu grupo, nunca pedindo a seu subordinado o que não conseguirá fazer (...) e eu sempre procurei não cobrar o que eu não conseguirei fazer. Foi a 1° Unidade de Cavalaria Blindada que para mim é a mais perfeita, ficando Quatro anos e depois voltei e fiquei mais Seis anos (...). A gente descobre muito mais do que imagina e aprende com a experiência da vida. Segundo que eu tentei e não foi fácil foi fazer o curso para instrutor de equitação, tentei Três vezes, por isso que fiquei 4 anos e São Luiz (...) Não foi fácil também, estava como 1° Tenente e foi de São Luiz para a escola de equitação . O curso de equitação você aprende a dar aula, tanto a prática de esporte. Depois fui para o Regimento de Cavalaria da Guarda. Eu deva instrução para oficiais e sargentos. Sai Capitão, fui PA ESAO fiz e voltei para a minha unidade por determinação daquela época o curso não desligou da minha Unidade, e continuei na Unidade por mais Quatro anos. Ao todo servi Dez anos na Cavalaria Blindada. Eu gostei muito da Cavalaria Blindada por que trabalha em conjunto com a Infantaria e o fascínio pelo material, pelo carro de combate, a blindagem, a munição o aproveitamento de espaço.

4° O senhor poderia citar algum exemplo de herança de grande importância de Osório para a Cavalaria?
Sempre o seu envolvimento com suas ações (...). De ser sempre humilde mesmo como Senador do Império e sempre estando à frente de sua tropa (...). Ele (Osório) sempre queria estudar, todavia não conseguiu estudar o que gostaria, mas acho que o principal é só, o seu jeito simples, não exigir mais do que você pode fazer.

5°Quais os valores que um cavalariano deveria refletir na vida de Osório?
A simplicidade não é só do ser, mas das operações também, pois devem ser só feitas, mais simplesmente para ser mais rápidas.
“Ser militar não é só ter uma profissão, é uma maneira de vida”

Por Todo o grupo (Roballo, Nicolas,Francielle N., Gisely e Debiasi)

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