domingo, 31 de agosto de 2008

Osorio ou Osório?


Durante as pesquisas para o TI, observamos uma curiosidade bem interessante que gerou muitas dúvidas: Osorio é com ou sem acento?

Procuramos e comparamos várias fontes de pesquisa e, mesmo assim haviam algumas que tinham e outras que não tinham o sinal.
Por isso, através de uma conversa com a Diretora do museu de Osório sanamos nossa dúvida. É assim: Há Osorio e Osório. A diferença é simples, o Marechal Osorio, nosso herói, é sem acento. Já Osório com acento, faz referência à cidade de Osório.


O nome da cidade faz referência a Osorio, porém na época de registrar o nome, houve um certo descuido com o sinal gráfico, e por isso gera dúvidas até hoje nas pessoas e até nos cidadãos da cidade de Osório.
Texto publicado por Roballo.

Homenagem do Casarão ao Mal Osorio


Como notório personagem da história do Exército Brasileiro, o nosso herói Osorio também está eternizado no interior do pátio Plácido de Castro no Casarão da Várzea.

O busto criado em sua homenagem encontra-se entre os canteiros dos canhões e por muitos é passada por despercebida.
O grupo então resolveu investigar essa história riquíssima em detalhes, perguntando para oficiais e procurando nos livros históricos do colégio referências que pudessem ajudar-nos. Foi o Ten. Cel. Delano que nos mostrou como decifrá-la.

Toda a história nos remete à humilde infância do então Mal. Osorio. Como já dissemos em sua biografia no blog, nosso herói não teve recursos afim de proporcionar-lhe estudos qualificados. Assim com seu espírito solidário, Osorio viria, anos mais tarde, a enxergar as dificuldades encontradas pelos filhos dos militares que lutaram a favor da pátria na Guerra do Paraguai principalmente em relação aos estudos.

Foi nessa ocasião que Osorio esboçou um projeto de um colégio o qual pudesse fornecer estudos de alto nível para os filhos dos militares mortos na Guerra do Paraguai. Em outras palavras, foi Osorio quem principiou a idéia da construção do que hoje chamamos de Casarão da Várzea. E por isso, em 1958, foi doado ao colégio pelo 13° Regimento de Cavalaria, ou simplesmente Regimento Osorio, em razão do Sesquicentenário do seu nascimento, um busto em homenagem ao nsso eterno herói.
Nao há bibliografias, pois essa história não se encontra em livros.
Por Roballo

Frases dita por Osório

- Soldados! É fácil a missão de comandar homens livres; basta mostrar-lhes o caminho do dever.'

- Que impressão sente v. exc. ao entrar em combate, perguntaram-lhe de uma feita:

-Ao avistar o inimigo, entusiasmo; ao primeiro choque, medo; ao derrotá-lo, pena.

- General, retire-se; pode ser ferido.- Não te aflijas camarada: as balas não fazem caso de mim.

Por: Todo o grupo (Roballo, Nicolas, Francielle N., Gisely e Debiasi

sábado, 30 de agosto de 2008

Cultura do século XIX

Através de misturas de raças como indígenas, europeus, africanos, asiáticos, árabes, e entre outros, se deu origem a cultura brasileira.
Em um período cheio de guerras e conquistas, ocorre a historia do mais importante membro da cavalaria, o Marechal Osório.


E foi nesse período que surgiu às primeiras manifestações literárias, que seriam os textos narrativos. A literatura expresou-se como um gênio ,pois começou a existir uma intenção nacionalista romântica. Ainda nessa época surge um dos melhores autores brasileiros,Machado de Assis.
Nas artes visuais teve destaque no trabalho o Aleijadinho e Manuel da Costa Ataíde, no barroco mineiro.

Texto publicado por Gisely


A Vida Intíma de Osorio



Aprazível era a intimidade do lar de Osório junto à sua esposa e filhos. Ali todos os adoravam, e ele sabia se fazer amado e obedecido por aqueles que privavam de seu convívio.
Encontrava nas flores e nas crianças, alento, felicidade e sossego das intempéries da vida e das batalhas.
Quando lhe permitia descanso a sua vida de soldado, tratava logo de formar seu pequeno jardim, que pessoalmente cuidava.Não podia estar desocupado nem tolerava o vadio.
Tinha por hábito levantar-se cedo. Seu sono era levíssimo. Ao levantar-se,procurava um banho frio e barbeava-se sozinho.Ao vestir-se, sempre primou pela modéstia, vestindo-se, à paisana,rigorosamente de preto, ordinariamente, ou traje de brim pardo, em casa.
Inimigo do luxo, da ostentação e da etiqueta, primava pela simplicidade.Sua moradia era humilde, sem adorno algum. Uma cama estreita, ao fundo do quarto, tendo à cabeceira o criado mudo com jornais atuais. Ao lado, um simples lavatório e dois cabides de parede, sendo um para roupa e outro para suas armas.Mais adiante um cavalete com os arreios de montaria e uma estante guardando seu arquivo.
Osório tinha por hábito, socorrer os fracos, pobres, desvalidos, viúvas e órfãos.Para ajudá-los chegou, por várias vezes, até a pedir dinheiro emprestado.
Um fato marcante marcou sua conduta para com os desvalidos: quando o Ministro da Guerra, na tentativa de auxiliar soldados a retornarem para suas casas, Osório, em dois anos, endividou-se de tal modo que foi preciso o apoio dos filhos para sanar a situação.
Texto publicado por todo o grupo.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

As principais armas usadas nas Guerras

Antes de explicar as armas dos conflitos da época, é necessário saber que esse era um conflito de países pobres (com exceção do Paraguai) os armamentos não tinham certo padrão como os de hoje como é o caso da OTAN que adota o M-16 e M4A1 como seu fuzil de assalto. Sendo assim as armas da Guerra do Paraguai eram na verdade seus generais e soldados já que muitas vezes os armamentos eram muito precários sendo necessário roubá-lo após a derrota do inimigo. Isso mudou quando Caxias (outro grande comandante) começou a chefiar as tropas brasileiras, mesmo assim é difícil estabelecer alcance, velocidade do projétil, etc.

MARINHA
As condições a bordo dos navios de guerra (espaços apertados, o balanço provocado pelas correntes e marés, etc.) dificultavam o uso de armas de fogo, seja pelo tamanho seja pela dificuldade de pontaria. As armas mais utilizadas em caso de abordagem eram as brancas. A machadinha usada a bordo dos navios tinha uma dupla função: era parte do equipamento de uso dos marinheiros. Esta era necessária em algumas ocasiões como quando era necessário se desfazer rapidamente de parte das cordas e mastros de uma embarcação danificada por tempestade ou pelo fogo inimigo. Se a machadinha podia ser usada como ferramenta, ela também podia ser uma arma, e para isso parte das tripulações dos navios a recebiam: eram distribuídas a membros específicos da tripulação. Um manual de artilharia especificava que entre os artilheiros das peças, em caso de abordagem, os primeiros serventes seriam a equipagem da 1a leva de ataque/defesa, os chefes da peça da 2a leva de ataque/defesa e os segundos serventes, equipados de machadinhas, seriam parte da equipe de “reforço de incêndio”, ou seja, mais como membros da equipagem de reparos do que como combatentes, mas mesmo assim prontos para o combate. O Sabre de Abordagem é outra arma de uso bem antigo na marinha, provavelmente com um tipo mais específico, devido às características do seu uso naval. Os exemplares conhecidos na Europa normalmente têm uma guarda grande, servindo para proteger a mão do combatente (que não usava armaduras), sendo que esta guarda muitas vezes é de latão, para diminuir os efeitos da oxidação causada pelo ar marinho. A lâmina é sempre curta, para não dificultar a esgrima nos espaços apertados de um navio e, normalmente, tem certa espessura, para poder ser usada para cortar cordas, etc., como a machadinha. Além disso, tem usualmente certa curvatura, para aumentar a eficiência dos golpes de gume. Os regulamentos da Marinha do século XIX previam o uso de sabres de abordagem por dois terços da tripulação de todos os navios de guerra. Uma arma de fogo desenvolvida especificamente para uso a bordo era o chamado Bacamarte de Amurada. Era de grande calibre, pois seu objetivo era espalhar uma carga de chumbo grosso (de 20 a 40 balas de cerca de 10 mm de diâmetro) contra massas de tropas. Devido a esta poderosa carga, era uma arma muito pesada, havendo exemplares com 15 quilos ou mais de peso. Por causa desse peso a arma chamava-se “de amurada”, pois tinha um espigão central, sobre o qual ela era colocada na amurada de navios, em furos existentes, pois o seu disparo do ombro do atirador era impossível. Apesar de a lenda popular atribuir o fato da boca alargada do bacamarte se destinar a espalhar o tiro, isso é incorreto, pois a abertura maior ou menor da boca não fazia diferença na dispersão do fogo. Na verdade, a boca mais larga destinava-se a facilitar o carregamento da arma nas gáveas de um navio.

Infantaria e Cavalaria

Até este período, as espingardas eram as armas tradicionais da infantaria pesada, os fuzileiros, enquanto as carabinas, mais leves e curtas, eram usadas pelos caçadores, a infantaria ligeira. Naquele período, considerava-se que a arma de infantaria ideal teria ter um metro e oitenta centímetros com a baioneta calada, para que a segunda linha de atiradores, quando defendendo contra ataques de cavalaria, pudesse usar suas armas brancas. A divisão entre as tropas de infantaria acabou oficialmente em 1872, apesar de já na Guerra do Paraguai ela não ter tido muito relevância – apenas sete dos 22 batalhões de linha eram de fuzileiros e todos os 57 batalhões de voluntários da Pátria tinham sido organizados como caçadores. Desta forma, no período que estamos tratando não havia espingardas no sentido clássico da palavra (arma mais longa de infantaria – e não como entendemos hoje em dia, de arma de cano liso). Todas as armas usadas eram carabinas (apesar de manuais de 1874 ainda chamarem as Comblains e Chassepots de espingardas).Como nas Miniés, as clavinas continuaram a ser as armas de cavalaria e como o combate de choque do soldado montado era feito com as lanças e sabres, as clavinas não necessitavam de baionetas, pelo menos de acordo com a mentalidade da época. Essa é a principal característica que as distingue dos mosquetões, usados pela artilharia e engenharia. Além disso, as clavinas deste período ainda têm uma argola na parte externa do mecanismo, normalmente no lado esquerdo, para que pudesse ser pendurada na ação da sela (normalmente, não tinha uma bandoleira – a correia que servia para o soldado portar a arma).

Curiosidades

A bala de uma carabina na Guerra do Paraguai era mais mortal quando acertava de raspão do que uma arma atual, isso se deve ao fato de que a bala daquela época era mais lenta e por isso não cauterizava o machucado causando mais tarde inflamação e como conseqüência febre.

No final da guerra os paraguaios começaram a usar balas de obus, com o formato parecido com de uma garrafa de dois litros. Eram as novas balas que começaram a participar das guerras e são usadas até hoje.

Nos últimos suspiros do Paraguai, suas linhas eram formadas por crianças que mal sabiam como era uma guerra influênciadas pelo ditador Solano López, a lutar em defesa da pátria.

Por: Todo o grupo (Roballo, Nicolas, Francielle N., Gisely e Debiasi)

Entrevista com o Tenente-Coronel Delano

1° Porque o senhor ingressou na cavalaria?
TC Delano - Inicialmente, assim que eu entrei no Exército com 15 anos gostaria de entrar na Engenharia, por causa da minha facilidade com a matemática e pela sua importância, construção de pólos. Porem, nós começamos a conhecer mais sobre as armas do Exército Brasileiro, os oficiais e a característica de mobilidade (da Cavalaria) me fascinou mais. Nos dias de hoje o combate é mais veloz e se parar morreu.

2° Como foi sua trajetória na carreira militar?
TC Delano – Comecei na Escola Preparatória (EsPCEx) com 15 anos, e depois minha intenção já era a Cavalaria. Inicialmente a minha intenção era a engenharia que me fascinava, e por este intermédio me inscrevi para a Escola Preparatória, já estava no 1° ano, mas quando cheguei na Academia (AMAN) já tinha outra intenção de entrar na Cavalaria, e diferente de hoje em dia a escolha era no final no 1° ano. Pela prévia eu não estaria na Cavalaria, e a partir de Agosto a Novembro (no ano corrente de sua opção pela Cavalaria) tive que estudar e consegui entrar com 30 de 34 vagas. Tem épocas que a mais privilegiada é a Artilharia em outras a Cavalaria, dependendo do momento. Desde antes de entrar no Exército, já tinha ligação com cavalos é o símbolo da Cavalaria, e não tem como não associar. Eu estudei pouco para escolher as unidades e não consegui ir para o Mato Grosso. Comecei como aspirante no 4° RCB (Regimento de Cavalaria Blindada) de São Luiz Gonzaga, permanecendo Seis meses como Aspirante e em Agosto virando 2° Tenente. Estou há Três anos e meio como Tenente-Coronel.

3° Quais suas experiências marcantes na Cavalaria?
TC Delano – A minha primeira unidade, porque o cadete e o aluno de uma maneira geral são conduzi-lo (...) e por mais que ele estude é sempre um desafio (...) e o seu impulso é seguir as características de Osório e procura sempre estar à frente de seu grupo, nunca pedindo a seu subordinado o que não conseguirá fazer (...) e eu sempre procurei não cobrar o que eu não conseguirei fazer. Foi a 1° Unidade de Cavalaria Blindada que para mim é a mais perfeita, ficando Quatro anos e depois voltei e fiquei mais Seis anos (...). A gente descobre muito mais do que imagina e aprende com a experiência da vida. Segundo que eu tentei e não foi fácil foi fazer o curso para instrutor de equitação, tentei Três vezes, por isso que fiquei 4 anos e São Luiz (...) Não foi fácil também, estava como 1° Tenente e foi de São Luiz para a escola de equitação . O curso de equitação você aprende a dar aula, tanto a prática de esporte. Depois fui para o Regimento de Cavalaria da Guarda. Eu deva instrução para oficiais e sargentos. Sai Capitão, fui PA ESAO fiz e voltei para a minha unidade por determinação daquela época o curso não desligou da minha Unidade, e continuei na Unidade por mais Quatro anos. Ao todo servi Dez anos na Cavalaria Blindada. Eu gostei muito da Cavalaria Blindada por que trabalha em conjunto com a Infantaria e o fascínio pelo material, pelo carro de combate, a blindagem, a munição o aproveitamento de espaço.

4° O senhor poderia citar algum exemplo de herança de grande importância de Osório para a Cavalaria?
Sempre o seu envolvimento com suas ações (...). De ser sempre humilde mesmo como Senador do Império e sempre estando à frente de sua tropa (...). Ele (Osório) sempre queria estudar, todavia não conseguiu estudar o que gostaria, mas acho que o principal é só, o seu jeito simples, não exigir mais do que você pode fazer.

5°Quais os valores que um cavalariano deveria refletir na vida de Osório?
A simplicidade não é só do ser, mas das operações também, pois devem ser só feitas, mais simplesmente para ser mais rápidas.
“Ser militar não é só ter uma profissão, é uma maneira de vida”

Por Todo o grupo (Roballo, Nicolas,Francielle N., Gisely e Debiasi)