domingo, 31 de agosto de 2008

Osorio ou Osório?


Durante as pesquisas para o TI, observamos uma curiosidade bem interessante que gerou muitas dúvidas: Osorio é com ou sem acento?

Procuramos e comparamos várias fontes de pesquisa e, mesmo assim haviam algumas que tinham e outras que não tinham o sinal.
Por isso, através de uma conversa com a Diretora do museu de Osório sanamos nossa dúvida. É assim: Há Osorio e Osório. A diferença é simples, o Marechal Osorio, nosso herói, é sem acento. Já Osório com acento, faz referência à cidade de Osório.


O nome da cidade faz referência a Osorio, porém na época de registrar o nome, houve um certo descuido com o sinal gráfico, e por isso gera dúvidas até hoje nas pessoas e até nos cidadãos da cidade de Osório.
Texto publicado por Roballo.

Homenagem do Casarão ao Mal Osorio


Como notório personagem da história do Exército Brasileiro, o nosso herói Osorio também está eternizado no interior do pátio Plácido de Castro no Casarão da Várzea.

O busto criado em sua homenagem encontra-se entre os canteiros dos canhões e por muitos é passada por despercebida.
O grupo então resolveu investigar essa história riquíssima em detalhes, perguntando para oficiais e procurando nos livros históricos do colégio referências que pudessem ajudar-nos. Foi o Ten. Cel. Delano que nos mostrou como decifrá-la.

Toda a história nos remete à humilde infância do então Mal. Osorio. Como já dissemos em sua biografia no blog, nosso herói não teve recursos afim de proporcionar-lhe estudos qualificados. Assim com seu espírito solidário, Osorio viria, anos mais tarde, a enxergar as dificuldades encontradas pelos filhos dos militares que lutaram a favor da pátria na Guerra do Paraguai principalmente em relação aos estudos.

Foi nessa ocasião que Osorio esboçou um projeto de um colégio o qual pudesse fornecer estudos de alto nível para os filhos dos militares mortos na Guerra do Paraguai. Em outras palavras, foi Osorio quem principiou a idéia da construção do que hoje chamamos de Casarão da Várzea. E por isso, em 1958, foi doado ao colégio pelo 13° Regimento de Cavalaria, ou simplesmente Regimento Osorio, em razão do Sesquicentenário do seu nascimento, um busto em homenagem ao nsso eterno herói.
Nao há bibliografias, pois essa história não se encontra em livros.
Por Roballo

Frases dita por Osório

- Soldados! É fácil a missão de comandar homens livres; basta mostrar-lhes o caminho do dever.'

- Que impressão sente v. exc. ao entrar em combate, perguntaram-lhe de uma feita:

-Ao avistar o inimigo, entusiasmo; ao primeiro choque, medo; ao derrotá-lo, pena.

- General, retire-se; pode ser ferido.- Não te aflijas camarada: as balas não fazem caso de mim.

Por: Todo o grupo (Roballo, Nicolas, Francielle N., Gisely e Debiasi

sábado, 30 de agosto de 2008

Cultura do século XIX

Através de misturas de raças como indígenas, europeus, africanos, asiáticos, árabes, e entre outros, se deu origem a cultura brasileira.
Em um período cheio de guerras e conquistas, ocorre a historia do mais importante membro da cavalaria, o Marechal Osório.


E foi nesse período que surgiu às primeiras manifestações literárias, que seriam os textos narrativos. A literatura expresou-se como um gênio ,pois começou a existir uma intenção nacionalista romântica. Ainda nessa época surge um dos melhores autores brasileiros,Machado de Assis.
Nas artes visuais teve destaque no trabalho o Aleijadinho e Manuel da Costa Ataíde, no barroco mineiro.

Texto publicado por Gisely


A Vida Intíma de Osorio



Aprazível era a intimidade do lar de Osório junto à sua esposa e filhos. Ali todos os adoravam, e ele sabia se fazer amado e obedecido por aqueles que privavam de seu convívio.
Encontrava nas flores e nas crianças, alento, felicidade e sossego das intempéries da vida e das batalhas.
Quando lhe permitia descanso a sua vida de soldado, tratava logo de formar seu pequeno jardim, que pessoalmente cuidava.Não podia estar desocupado nem tolerava o vadio.
Tinha por hábito levantar-se cedo. Seu sono era levíssimo. Ao levantar-se,procurava um banho frio e barbeava-se sozinho.Ao vestir-se, sempre primou pela modéstia, vestindo-se, à paisana,rigorosamente de preto, ordinariamente, ou traje de brim pardo, em casa.
Inimigo do luxo, da ostentação e da etiqueta, primava pela simplicidade.Sua moradia era humilde, sem adorno algum. Uma cama estreita, ao fundo do quarto, tendo à cabeceira o criado mudo com jornais atuais. Ao lado, um simples lavatório e dois cabides de parede, sendo um para roupa e outro para suas armas.Mais adiante um cavalete com os arreios de montaria e uma estante guardando seu arquivo.
Osório tinha por hábito, socorrer os fracos, pobres, desvalidos, viúvas e órfãos.Para ajudá-los chegou, por várias vezes, até a pedir dinheiro emprestado.
Um fato marcante marcou sua conduta para com os desvalidos: quando o Ministro da Guerra, na tentativa de auxiliar soldados a retornarem para suas casas, Osório, em dois anos, endividou-se de tal modo que foi preciso o apoio dos filhos para sanar a situação.
Texto publicado por todo o grupo.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

As principais armas usadas nas Guerras

Antes de explicar as armas dos conflitos da época, é necessário saber que esse era um conflito de países pobres (com exceção do Paraguai) os armamentos não tinham certo padrão como os de hoje como é o caso da OTAN que adota o M-16 e M4A1 como seu fuzil de assalto. Sendo assim as armas da Guerra do Paraguai eram na verdade seus generais e soldados já que muitas vezes os armamentos eram muito precários sendo necessário roubá-lo após a derrota do inimigo. Isso mudou quando Caxias (outro grande comandante) começou a chefiar as tropas brasileiras, mesmo assim é difícil estabelecer alcance, velocidade do projétil, etc.

MARINHA
As condições a bordo dos navios de guerra (espaços apertados, o balanço provocado pelas correntes e marés, etc.) dificultavam o uso de armas de fogo, seja pelo tamanho seja pela dificuldade de pontaria. As armas mais utilizadas em caso de abordagem eram as brancas. A machadinha usada a bordo dos navios tinha uma dupla função: era parte do equipamento de uso dos marinheiros. Esta era necessária em algumas ocasiões como quando era necessário se desfazer rapidamente de parte das cordas e mastros de uma embarcação danificada por tempestade ou pelo fogo inimigo. Se a machadinha podia ser usada como ferramenta, ela também podia ser uma arma, e para isso parte das tripulações dos navios a recebiam: eram distribuídas a membros específicos da tripulação. Um manual de artilharia especificava que entre os artilheiros das peças, em caso de abordagem, os primeiros serventes seriam a equipagem da 1a leva de ataque/defesa, os chefes da peça da 2a leva de ataque/defesa e os segundos serventes, equipados de machadinhas, seriam parte da equipe de “reforço de incêndio”, ou seja, mais como membros da equipagem de reparos do que como combatentes, mas mesmo assim prontos para o combate. O Sabre de Abordagem é outra arma de uso bem antigo na marinha, provavelmente com um tipo mais específico, devido às características do seu uso naval. Os exemplares conhecidos na Europa normalmente têm uma guarda grande, servindo para proteger a mão do combatente (que não usava armaduras), sendo que esta guarda muitas vezes é de latão, para diminuir os efeitos da oxidação causada pelo ar marinho. A lâmina é sempre curta, para não dificultar a esgrima nos espaços apertados de um navio e, normalmente, tem certa espessura, para poder ser usada para cortar cordas, etc., como a machadinha. Além disso, tem usualmente certa curvatura, para aumentar a eficiência dos golpes de gume. Os regulamentos da Marinha do século XIX previam o uso de sabres de abordagem por dois terços da tripulação de todos os navios de guerra. Uma arma de fogo desenvolvida especificamente para uso a bordo era o chamado Bacamarte de Amurada. Era de grande calibre, pois seu objetivo era espalhar uma carga de chumbo grosso (de 20 a 40 balas de cerca de 10 mm de diâmetro) contra massas de tropas. Devido a esta poderosa carga, era uma arma muito pesada, havendo exemplares com 15 quilos ou mais de peso. Por causa desse peso a arma chamava-se “de amurada”, pois tinha um espigão central, sobre o qual ela era colocada na amurada de navios, em furos existentes, pois o seu disparo do ombro do atirador era impossível. Apesar de a lenda popular atribuir o fato da boca alargada do bacamarte se destinar a espalhar o tiro, isso é incorreto, pois a abertura maior ou menor da boca não fazia diferença na dispersão do fogo. Na verdade, a boca mais larga destinava-se a facilitar o carregamento da arma nas gáveas de um navio.

Infantaria e Cavalaria

Até este período, as espingardas eram as armas tradicionais da infantaria pesada, os fuzileiros, enquanto as carabinas, mais leves e curtas, eram usadas pelos caçadores, a infantaria ligeira. Naquele período, considerava-se que a arma de infantaria ideal teria ter um metro e oitenta centímetros com a baioneta calada, para que a segunda linha de atiradores, quando defendendo contra ataques de cavalaria, pudesse usar suas armas brancas. A divisão entre as tropas de infantaria acabou oficialmente em 1872, apesar de já na Guerra do Paraguai ela não ter tido muito relevância – apenas sete dos 22 batalhões de linha eram de fuzileiros e todos os 57 batalhões de voluntários da Pátria tinham sido organizados como caçadores. Desta forma, no período que estamos tratando não havia espingardas no sentido clássico da palavra (arma mais longa de infantaria – e não como entendemos hoje em dia, de arma de cano liso). Todas as armas usadas eram carabinas (apesar de manuais de 1874 ainda chamarem as Comblains e Chassepots de espingardas).Como nas Miniés, as clavinas continuaram a ser as armas de cavalaria e como o combate de choque do soldado montado era feito com as lanças e sabres, as clavinas não necessitavam de baionetas, pelo menos de acordo com a mentalidade da época. Essa é a principal característica que as distingue dos mosquetões, usados pela artilharia e engenharia. Além disso, as clavinas deste período ainda têm uma argola na parte externa do mecanismo, normalmente no lado esquerdo, para que pudesse ser pendurada na ação da sela (normalmente, não tinha uma bandoleira – a correia que servia para o soldado portar a arma).

Curiosidades

A bala de uma carabina na Guerra do Paraguai era mais mortal quando acertava de raspão do que uma arma atual, isso se deve ao fato de que a bala daquela época era mais lenta e por isso não cauterizava o machucado causando mais tarde inflamação e como conseqüência febre.

No final da guerra os paraguaios começaram a usar balas de obus, com o formato parecido com de uma garrafa de dois litros. Eram as novas balas que começaram a participar das guerras e são usadas até hoje.

Nos últimos suspiros do Paraguai, suas linhas eram formadas por crianças que mal sabiam como era uma guerra influênciadas pelo ditador Solano López, a lutar em defesa da pátria.

Por: Todo o grupo (Roballo, Nicolas, Francielle N., Gisely e Debiasi)

Entrevista com o Tenente-Coronel Delano

1° Porque o senhor ingressou na cavalaria?
TC Delano - Inicialmente, assim que eu entrei no Exército com 15 anos gostaria de entrar na Engenharia, por causa da minha facilidade com a matemática e pela sua importância, construção de pólos. Porem, nós começamos a conhecer mais sobre as armas do Exército Brasileiro, os oficiais e a característica de mobilidade (da Cavalaria) me fascinou mais. Nos dias de hoje o combate é mais veloz e se parar morreu.

2° Como foi sua trajetória na carreira militar?
TC Delano – Comecei na Escola Preparatória (EsPCEx) com 15 anos, e depois minha intenção já era a Cavalaria. Inicialmente a minha intenção era a engenharia que me fascinava, e por este intermédio me inscrevi para a Escola Preparatória, já estava no 1° ano, mas quando cheguei na Academia (AMAN) já tinha outra intenção de entrar na Cavalaria, e diferente de hoje em dia a escolha era no final no 1° ano. Pela prévia eu não estaria na Cavalaria, e a partir de Agosto a Novembro (no ano corrente de sua opção pela Cavalaria) tive que estudar e consegui entrar com 30 de 34 vagas. Tem épocas que a mais privilegiada é a Artilharia em outras a Cavalaria, dependendo do momento. Desde antes de entrar no Exército, já tinha ligação com cavalos é o símbolo da Cavalaria, e não tem como não associar. Eu estudei pouco para escolher as unidades e não consegui ir para o Mato Grosso. Comecei como aspirante no 4° RCB (Regimento de Cavalaria Blindada) de São Luiz Gonzaga, permanecendo Seis meses como Aspirante e em Agosto virando 2° Tenente. Estou há Três anos e meio como Tenente-Coronel.

3° Quais suas experiências marcantes na Cavalaria?
TC Delano – A minha primeira unidade, porque o cadete e o aluno de uma maneira geral são conduzi-lo (...) e por mais que ele estude é sempre um desafio (...) e o seu impulso é seguir as características de Osório e procura sempre estar à frente de seu grupo, nunca pedindo a seu subordinado o que não conseguirá fazer (...) e eu sempre procurei não cobrar o que eu não conseguirei fazer. Foi a 1° Unidade de Cavalaria Blindada que para mim é a mais perfeita, ficando Quatro anos e depois voltei e fiquei mais Seis anos (...). A gente descobre muito mais do que imagina e aprende com a experiência da vida. Segundo que eu tentei e não foi fácil foi fazer o curso para instrutor de equitação, tentei Três vezes, por isso que fiquei 4 anos e São Luiz (...) Não foi fácil também, estava como 1° Tenente e foi de São Luiz para a escola de equitação . O curso de equitação você aprende a dar aula, tanto a prática de esporte. Depois fui para o Regimento de Cavalaria da Guarda. Eu deva instrução para oficiais e sargentos. Sai Capitão, fui PA ESAO fiz e voltei para a minha unidade por determinação daquela época o curso não desligou da minha Unidade, e continuei na Unidade por mais Quatro anos. Ao todo servi Dez anos na Cavalaria Blindada. Eu gostei muito da Cavalaria Blindada por que trabalha em conjunto com a Infantaria e o fascínio pelo material, pelo carro de combate, a blindagem, a munição o aproveitamento de espaço.

4° O senhor poderia citar algum exemplo de herança de grande importância de Osório para a Cavalaria?
Sempre o seu envolvimento com suas ações (...). De ser sempre humilde mesmo como Senador do Império e sempre estando à frente de sua tropa (...). Ele (Osório) sempre queria estudar, todavia não conseguiu estudar o que gostaria, mas acho que o principal é só, o seu jeito simples, não exigir mais do que você pode fazer.

5°Quais os valores que um cavalariano deveria refletir na vida de Osório?
A simplicidade não é só do ser, mas das operações também, pois devem ser só feitas, mais simplesmente para ser mais rápidas.
“Ser militar não é só ter uma profissão, é uma maneira de vida”

Por Todo o grupo (Roballo, Nicolas,Francielle N., Gisely e Debiasi)

sábado, 2 de agosto de 2008

A Revolução Farroupilha (Guerra dos Farrapos)

RESUMO DA GUERRA DOS FARRAPOS: A Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos ocorreu no Rio Grande do Sul na época em que o Brasil era governado pelo Regente Feijó (Período Regencial).Esta rebelião gerada pelo descontentamento político durou por uma década de (1835 a1845). Em 1835 os rebeldes Liberais, liderados por Bento Gonçalves da Silva, apossaram-se de Porto alegre, fazendo com que as forças imperiais fossem obrigadas a deixarem a região. Após terem seu líder Bento Gonçalves capturado e preso, durante um confronto ocorrido na ilha de Fonfa (no rio Jacuí), os Liberais não se deixaram abater e sob nova liderança (de Antônio Neto) obtiveram outras vitórias. Em novembro de 1836, os revolucionários proclamaram a República em Piratini e Bento Gonçalves, ainda preso, foi nomeado presidente. O estopim para esta rebelião foi às grandes diferenças de idéias entre dois partidos: - Um que apoiava os republicanos (Os liberais Exaltados) e outro que apoiava os conservadores (Os Legalistas). Somente em 1837, após fugir da prisão, é que Bento Gonçalves finalmente assume a presidência da República de Piratini. Mesmo com forças do exército da regência, os farroupilhas liderados por Davi Gonçalves, conquistaram a Vila de Laguna, em Santa Catarina, proclamando, desta forma, a República Catarinense. Entretanto, no ano de 1842, o governo nomeou Luiz Alves de Lima e Silva para comandar as tropas que deveriam lutar contra os farroupilhas. Após três anos de batalha e várias derrotas, os “Farrapos” tiveram que aceitar a paz proposta por Duque de Caxias. Com isso, em 1845, a rebelião foi finalizada. Este apelido foi dado aos rio-grandenses sublevados contra o Império do Brasil, por não disporem de uniformes e de equipamentos militares. Maltrapilhos, faltavam armas e botas. Muitos destes soldados eram peões de estância e negros, onde traziam suas garruchas e adagas. OS FARRAPOS: Os imperiais governaram o Rio Grande do Sul, recebendo ordens do Império. Eram também chamados pelos Farrapos de conservadores, restauradores, retrógrados, caramurus e galegos. Ocupavam os principais postos nos órgãos públicos e no exército. OS IMPERIAIS: Eram imbatíveis nos combates a cavalo e usavam os trabucos, pistolas, espadas e lanças. A cavalaria utilizava principalmente a lança. A artilharia empregava canhões e obuses tomados dos inimigos ou fornecidos pelos Uruguaios. Os imperiais governaram o Rio Grande do Sul, recebendo ônus do Império. Eram também chamados pelos Farrapos de conservadores, restauradores, retrógrados, caramurus e galegos. Ocupavam principais postos nos órgãos públicos e no exército.

AS ARMAS DOS FARRAPOS: AS PRINCIPAIS BATALHAS: Ocorreram118confrontos entre os Farrapos e os Imperialistas com 59 vitórias para cada lado. Na verdade, não foi uma guerra nos moldes clássicos, já que os exércitos rebeldes não estavam organizado nos moldes convencionais. Suas táticas se assemelhavam às guerrilhas. Os números de mortos em combates não são precisos, mas em 1881 o Governo Imperial deu publicidade aos fatos, divulgando informações sobre a Revolução Farroupilha. A estimativa é que morreram 3.400 homens. Os Farrapos perderam quase que o dobro dos Legalistas.

PRINCIPAIS PERSONAGENS DA GUERRA DOS FARRAPOS: 1 - OS LIBERAIS: Bento Manoel Ribeiro (1783-1855) David Canabarro (1793-1867) Anita Garibaldi Giuseppe Garibaldi (1807-1882) Bento Gonçalves da Silva (1788-1847) -Domingos José de Almeida (1801-1866); -João Manoel de Lima e Silva (1805-1837); -João Antônio da Silveira (1795-1872). 2 - OS IMPERIAIS: Duque de Caxias General Osório

CURIOSIDADES DA GUERRA DOS FARRAPOS: - A expressão “tchê” uma das mais típicas do linguajar gaúcho é de origem guarani, tendo o sentido de “meu”; - A erva mate, também uma herança indígena, chegou a ser condenada pelos padres Jesuítas, pois “o demônio” por meio de um feiticeiro, a tinha inventado. A cuia era muito parecida com a de hoje, porém a bomba era feita de bambu; - O rancho das tropas de Osório não era um luxo, como algumas pessoas pensam. Pelo contrário, pela manhã ninguém tomava café, apenas toavam chimarrões, ou como diziam, matavam. Para o almoço, os soldados ganhavam carne fresca para o churrasco todos os dias, um pouco de farinha, erva-mate nova e cachaça. Às vezes ganhavam feijão e charque; - Quando Osório ingressou no exército, ainda jovem, basicamente se lutava com cavalos, ainda com lanças, porque as armas de fogo eram pouco confiáveis e não permitiam mira de longa distância; - Osório talvez não tivesse alcançado o posto de General se não tivesse participado da Revolução Farroupilha, porque depois que a guerra dividiu o que existia de exércitos e tropas no Rio Grande do Sul, aqueles que ficaram no lado legalista, fizeram carreira e ganharam conceito junto ao poder Central. Osório, na época coronel, vai conhecer o Duque de Caxias na Revolução Farroupilha. Caxias vai se tronar uma espécie de protetor de Osório no plano militar. Em troca, Osório vai apoiar politicamente os aliados de Caxias no Estado.

A PRINCIPAL PARTICIPAÇÃO DO GENERAL OSÓRIO NA GUERRA DOS FARRAPOS: Em 1835, Osório servia no 2º Corpo de Cavalaria em Bagé (RS). Nessa oportunidade, eclodiu a Guerra dos Farrapos. Ligado aos liberais, Osório de início, ficou do lado dos rebelados, que lutavam por maior autonomia para a província, mas sua posição se modificou e passou a prestar serviços para as forças do Governo Central. Participaram de combates contra os rebeldes em Porto Alegre, Bagé e Caçapava e distinguiu-se no combate de Herval em 1838. Promovido a Tenente-Coronel, teve participação destacada nas conversações que encerraram o conflito e que pacificaram a província.

AS CONSEQUÊNCIAS PARA O GENERAL OSÓRIO COM RELAÇÃO A SUA PARTICIPAÇÃO NA GUERRA DOS FARRAPOS: Sua lança invicta serviu à Pátria quase meio século, tornando-se o mais idolatrado dentre os chefes militares brasileiros. Soldado, cidadão e político, engrandeceu como poucos cada cargo e função que exerceu, conservando-se sempre como o mais humilde dos servidores da Nação. Em batalha, Osório com apenas 17 anos, reunindo valorosamente alguns praças dispersos, salva a vida do General Bento Ribeiro, de quem recebe em gratidão, a promessa de receber como herança a própria lança. E ele a conduziu invicta, por uns cem números de lutas, combates, batalhas e guerras, bem além do que imaginava o bravo General. Legalista, lutou de Tenente a Tenente-coronel na Guerra dos Farrapos, considerado a pior de todas as guerras internas em nosso país. Martírio deste soldado que antes do coração, atendeu o dever. “Os grandes soldados não morrem jamais, se eternizam na lembrança de seus comandados.” Mas a luta política no rio Grande do sul, na época era muito dura e o Osório foi acusado duas vezes pelo Barão de Porto Alegre de traição, de procurar fazer o separatismo do Rio Grande e fundar uma república porque ele tinha nos anos de 1850 e1860 o apoio dos antigos Farroupilhas. Mas foram acusações que nunca tiveram acolhidas junto ao Imperador. Para Osório, ele e os seguidores dele, estavam sendo vítimas de uma perseguição política.

AS IDÉIAS QUE O GENERAL OSÓRIO GANHOU COM RELAÇÃO A SUA PARTICIPAÇÃO NA GUERRA DOS FARRAPOS: O que movia a atuação dos chefes militares como Osório, mesmo durante a Guerra, era a motivação política, e isso vai explicar muitas coisas, inclusive a dificuldade, por exemplo, de estabelecer um plano de defesa do sul porque os chefes militares não se entendiam e estavam mais interessados em política do que na defesa da província. Pela sua participação na Guerra dos Farrapos ganhou grande ascensão e respeito por todos na carreira militar. Apesar de ter a responsabilidade militar na gerência de soldados durante a Guerra, conseguiu grande respeito pelos seus comandados, tendo em vista o seu carisma, simpatia e linguajar acessível junto aos mesmos, diferentemente da hierarquia e pompa militar de outros chefes, talvez tenha sido este o principal segredo de vitórias para este homem que alcançou altos postos devido ao seu sangue e suor na frente das batalhas, exemplificando e motivando seus soldados naquele ambiente hostil. Em primeiro de março de 1845, os Imperialistas, liderados por Duque de Caxias e os Republicanos Farroupilhas assinaram a paz de “Poncho Verde”, declarando o fim aos conflitos.

PRINCIPAIS PONTOS
ASSINADOS NO TRATADO DA PAZ: · O Império pagaria as dívidas do Governo republicano; · Os oficiais republicanos são incorporados ao exército brasileiro; · Eram declarados livres todos os escravos que tinham lutado nas tropas republicanas; · Seriam devolvidos todos os prisioneiros de guerra; · Foram elevadas as taxas alfandegárias para a importação do charque Gaúcho.

Por: Todos 9Roballo, Nicolas, Francielle N., Gisely e Debiasi)

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Arte na Guerra











Na guerra do Paraguai se destacam muitas fotos (algo recente na época) e pinturas.
Essa pintura a esquerda foi pintada pelo artista Pedro Américo mede 7,60 metros por 4,15 metros. O maior quadro de Pedro Américo, também o maior do Brasil, Batalha do Avaí, de 1874. A tela tem 66 metros quadrados e está em exibição no Museu Nacional de Belas-Artes do Rio de Janeiro. Levou 26 meses para ser finalizado.
O Quadro a Batalha Do Riachuelo (ao centro e em cima) no quadro onde se destaca a imagem do almirante Tamandaré em pé na proa da fragata Amazonas que rompeu as linhas paraguaias mediante sucessivas arremetidas como se fosse um aríete, já que seu casco era de ferro e os do oponente de madeira. E ao canto superior o quadro da mais famosa e sangrenta batalha na guerra a Batalha de Tuiuti pintada por Cândito Lópes onde se mostra soldados paraguaios já que foi pintada por um paraguaio. E a foto de soldados uruguaios em suas trincheiras.
Bibliografia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_Tuiuti (Batalha de Tuiuti)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_Ava%C3%AD (Batalha de Avaí)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_riachuelo (Batalha de Riachuelo))

Títulos de Nobreza

  1. Barão do Herval em 1866, por serviçõs prestados como comandante em chefe nas operações na Guerra do Paraguai.
  2. Visconde do Herval em Abril de 1867, com honra pelos serviços prestados na Guerra do Paraguai
  3. Marquês do Herval em 29 de Dezembro de 1869 (com honras e grandezas, por reiterados).

Bibliografia

Estiarribia, Pedro Paulo

Cantalice, Coronel Marechal Osório

Ministério da Cultura

Por: Todos (Roballo, Nicolas, Fancielle N., Gisely e Debiasi)

A linha cronológica da vida militar de Osório

  1. Nascimento de Osório em 10 de Maio de 1808, em Conceição do Arroio (atual Tramandaí).
  2. Praça de pré: Legião de Voluntários se São Paulo, arredores de Montevidéu em Primeiro de Maio de 1823.
  3. Torna-se cadete de primeira classe em 1824.
  4. Torna-se Alferes (Aspirnte-a-Oficial) e foi classificado no Terceiro Regimento de Cavalaria de primeira linha.
  5. Tenente. Em outubro de 1827 no Quinto Regimento de Cavalaria.
  6. Torna-se capitão em 1838.
  7. É promovido a Major em 1842 classificado no Segundo Regimento de Cavalaria.
  8. Em 1844 recebe a patente de Tenente-Coronel efetivado no comando no Segundo Regimento de Cavalaria.
  9. Se torna Coronel em 1852 por merecimento cmprovado em campo de batalha continuando no Segundo Regimento de Cavalaria.
  10. Foi graduado ao posto de Brigadeiro em Dezembro de 1856, porém só foi efetivado em Junho de 1859.
  11. Marechal de campo em 1865. Atualmente cargo com o nome General de Divisão.
  12. Promovido a Tenente General em 1867.
  13. Tornou-se Marechal de Exército: Graduado no posto a 27 de Junho de 1877.
  14. Em 1877 é nomeado Senador.
  15. Torna-se Ministro da Guerra.
  16. Falecimento de Osório em 4 de outubro de 1879.

Bibliografia
Estiarribia, Pedro Paulo
Cantalice, Coronel Marechal Osório
Ministério da Cultura

Por: Todos (Roballo, Nicolas, Francielle N., Gisely e Debiasi)

A maior das batalhas

O céu acinzentado de 24 de maio de 1866, no acampamento de Tuiuti. Começava a maior batalha campal da guerra do Paraguai. Vinte mil valentes paraguaios chocaram-se com argentinos, brasileiros e uruguaios. O exército permaneceu um mês inteiro no parapeito das trincheiras do Passo da Pátria, arrumando-se para investir ao Norte, na direção do forte Humaitá-Assunção, objetivos para terminar com essa carnificina que se tornou a Guerra do Paraguai. Do dia da invasão até a chegada a Tuiuti morreram cerca de cem mil cavalos vítima de inanição, por que não existia forragem de alfafa e de milho. A relva rala e rara não se sustentou. A cavalaria ficou a pé, as carretas e canhões sem tração animal. Aumentou o volume crescente de baixas por desisteria, varíola e infecções. Ainda assim cruzou o "Estero Bellaco" e chegou-se ao anfiteatro arenoso de 4,5 por 2,5 quilômetros de Tuiuti. E os aliados precisavam prosseguir no encalço do adversário, sabido ocupando o terreno além do "Estero Rajas", obstáculo ao Norte de Tuiuti. Tropas orientais de Flores fincaram-se, vigilantes, nos postos avançados às margens das “rajas". Artilheiros, liderados pelo melhor deles, o Tenente Coronel Mallet. Em segundo escalão, quase encolunadas mais duas divisões brasileiras a Sexta e a Primeira, cavavam trincheiras. No flanco oeste, aferrada os infantes de Sampaio, da Terceira divisão (a Encouraçada). Argentinos de Mitre guarneciam o flanco leste. A reserva, três grandes unidades de cavalaria praticamente a pé, no fundo do anfiteatro, fechavam o contorno defensivo. Osório instalou seu posto de comando no centro do dispositivo. Decidiu-se reiniciar a ofensiva no dia seguinte a 25 de maio (1866), e atacavam no dia 24, em quatro colunas. As duas do centro investiam sobre os orientais de Flores, foram dizimados pelo fogo de Mallet, cada canhão atirava por iniciativa de seu chefe de peça, numa seqüência tão frenética que o Primeiro Regimento de Artilharia a cavalo acabou conhecido como o da "Artilharia a revólver". Pelo oeste mais 8 mil homens ao comando do General Barrias investiram o franco das tropas, virando a nossa retaguarda, Osório percebeu a intenção inimiga. Fez cerrarem outros infantes das divisões em segundo escalão, reforço aos Encouraçados de Sampaio. A coluna de Barrias perdeu a impulsão e acabou rechaçada, refluindo os remanescentes por onde surgiram pelo "Potreiro Pires" e pelo matagal Souce. Osório manteve-se ativo o tempo todo naquelas seis horas de combate. Ordenava toques de "avançar" sucessivos ou despachava velozes estafetas, quando não ia ele próprio, a galope, estancar ameaças. Sacrificou batalhões inteiros para evitar o abraço mortal das pinças envolventes de Barria e Resquín. Todos os núcleos submergidos ou a submergir acabavam recompostos. Foi o grande herói da Batalha de Tuiuti. Morreram mais de 700 brasileiros contra 13 mil baixas paraguaias, dos quais 6 mil morreram. O papel de Osório na batalha foi predominante e o confirmou mestre em repentinas citações. O general Rodrigues Silva recorda-o a galope sempre de chapéu do chefe, espada em punho tinha o dom da ubiqüidade. E Sena Madureira disse: "Osório multiplica-se, não houve soldado brasileiro que combatesse nesse dia que não o visse passar como um raio" Um atendente passou-lhe iodo no ferimento do ombro. Antes de deitar-se, teria verificado se o cavalo preto, sua segunda montaria, substituto do Malacara Gateado, morto com um tiro, teria recebido seu reforço de forragem.


Curiosidades Paraguai em frangalhos O país mais prejudicado foi, claro, o Paraguai. Há pesquisas que apontam perdas de 69% da população. Porém dois terços dessas mortes ocorreram por doenças como cólera, diarréia e varíola. Muitos finais da guerra Depois da queda do forte Humaitá, o fim da Guerra do Paraguai foi declarado várias vezes. Uma delas ocorreu em 27 de Dezembro de 1868, em Lamas Valentinas: as tropas aliadas, com 24 mil homens, cercaram a fazenda de Solano López, que teria se refugiado com seus últimos soldados, porém o ditador fugiu pelos fundos da fazenda. Na época entre soldados e oficiais, existia a certeza de que Solano Lópes tinha feito um acordo com Caxias: se deixasse fugir, ele, renunciaria e daria a guerra por acabada.

Bibliografia
Estiarribia, Pedro Paulo Cantalice, Coronel Marechal Osório Ministério da Cultura
Revista Grandes Guerras Edição 11 "A Guerra do Paraguai"

Por Todo o grupo (Roballo, Nicolas, Francielle N., Gisely e Debiasi